O título do post de Catarina era: Depois de Carver e de Salinger. Repito o conteúdo: «Bem-vinda, Flannery, ao meu coração».
Salinger, conheço bem, e de há muito, graças ao meu primo que sempre teve, junto a mim, a generosa missão de me apontar o que vale a pena. Devo-lhe, em literatura, precisamente Salinger, Giuseppi de Lampedusa, Waugh, Bulgakov, Naipaul, Donna Tartt; (já para não falar das conversas sobre outros tantos eleitos comuns). E Flannery, conhecia, também. Quem me pôs na sua peugada? Alguém terá sido: li um artigo? uma recensão? Diacho, não me lembro. Mas sei que foi amor ao primeiro conto...
E Carver, esse Raymond Carver do título da Catarina?
Estou na pista. Farejo, farejo. Já hoje tive nas mãos Catedral. Manuseei-o, sopesei-o, folheei-o. Estive quase, mesmo quase para o trazer. O preço reteve-me, neste triste tempo de crise. Ainda fui a uma «grande superfície» ver se o achava mais em conta (ao que chega um viciado em livros...); e tornei à livraria, com as mãos tremendo. Mas senti uma pontada de culpa sobre o mamilo direito, e acabei por sair, cabisbaixo, sem o livro.
Foi uma vitória sobre mim mesmo? Sobre o meu instinto bibliófago? Não creio. É uma questão de tempo.
Carver é o próximo. Anda no ar. Sinto-lhe o cheiro. Farejo, farejo...
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