segunda-feira, 23 de agosto de 2010

ROMPENDO, POR UM INSTANTE, ESTE VAZIO

De férias nos EUA, em casa daquele meu primo, leitor inveterado, sobre quem tanto já aqui falei, e com pouco tempo para cultivar blogues, aproveito, contudo, para uma rápida visita a este, de que tenho saudades.

O que venho lendo é, por um lado, alguma coisa que trouxe comigo (termino a história portátil do universo, iniciei os cadernos de Mr. Pickwick, de Charles Dickens, impagável, com efeito) e, por outro lado, o que a estante de meu primo, frondosa, atraente e perigosa como uma floresta virgem, revela aos meus olhos de pequeno explorador: um conjunto de textos de Nietzsche que nunca havia sido traduzido, acerca dos pré-platónicos (com este título, precisamente: Os Filósofos Pré-platónicos, no original, ao invés do emprego do esperável termo "pré-socráticos": isto, posto que, para Nietzsche, o verdadeiro turning point na história da filosofia está longe de se dar com Sócrates, que seria, quando muito, digamos assim, e passe o paradoxo, o último dos pré-socráticos...); ou um livro de Ross Macdonald, que considero o melhor dos autores do género policial. O melhor, pondero bem a palavra. E, sem dúvida, o mais literário de todos.

Falarei, no meu regresso, de algumas dessas leituras. Leitores meus, até ao meu regresso.

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