quinta-feira, 30 de julho de 2009
BORGES E O HUMOR
Michel Foucault cita, em As Palavras e as Coisas, um delicioso texto de Jorge Luís Borges, o qual citaria, por sua vez, «uma certa enciclopédia chinesa» onde está redigida a bizarra taxonomia que, portanto em terceira mão (salvo que a referida enciclopédia não existe senão na imaginação de Borges), não resisto a citar também:
« Os animais dividem-se em:
«a) pertencentes ao imperador;
«b) embalsamados;
«c) domesticados;
«d) leitões;
«e) sereias;
«f) fabulosos;
«g) cães em liberdade;
«h) incluídos na presente classificação;
«i) que se agitam como loucos;
«j) inumeráveis;
«k) desenhados com um pincel muito fino de pêlo de camelo;
«l) et caetera;
«m) que acabam de quebrar a bilha;
«n) que de longe parecem moscas».
Na primeira foto, Foucault; na foto debaixo, Jorge Luís Borges.
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