Por causa de quem tenha percebido que eu não gostaria de Umberto Eco, devido a um "post" em que me insurgia pelo facto de, numa conferência, ter sido ele o indesejável revelador do assassino em certo romance de Agatha Christie (o extraordinário O Assassinato de Roger Ackroyd), sinto-me no dever de desfazer o equívoco. Eco é um escritor maior. Do texto de reflexão filosófica ao de história de filosofia medieval, dos ensaios sobre estética às conferências sobre literatura, dos artigos de observação do quotidiano aos romances de grande fôlego, Umberto Eco é um devorador que merece ser devorado.
Em filosofia, de que sou um professor inábil, entro agora no domínio da experiência estética - e, para interessar alunos para os quais todas as distinções abstractas ou subtis são penosas, recupero um livro que me ofereceram há vários anos, mas a que nunca deixei de regressar, e sempre completamente seduzido. Não, não falo de História do Belo. Falo de História do Feio.
1 comentário:
Para que conste, odeio as novas definições - se é assim que se chama isto - do blogue. Odeio este novo esquema contra-intuitivo, em que tento gatinhar, à procura de onde escrever, como voltar ao rascunho, como inserir uma imagem, como publicar. Mas, sobretudo, como em tudo, odeio que me tenham impingido estas definições sem me perguntar ase as queria, se as aceitava, se me interessavam. De repente, era isto ou nada!
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