Como me vou entendendo entre livros novos?
No Natal ofereceram-me A Psicologia do Amor, que é, curiosamente, mais interessante do que me parecia. Um psicólogo norte-americano, judeu, contemporâneo, conhecido por uns quantos best-sellers (Quando Nietzsche Chorou e outro sobre Schopenhauer) escreveu, à imagem de Freud, a descrição de casos seus. Em Freud, como sabemos, tratava-se de "pensar" os seus casos para erigir uma teoria e um método - a própria psicanálise. Aqui, claro, não há tanto. Um pouco de exibicionismo - «Vejam como sou bom a resolver problemas» -, um pouco de aproveitamento - «Reparem como estes casos são interessantes» -, temperados por um excelente poder narrativo, fazem das dez situações expostas algo que merece ser lido: porventura mais próximo de Dr. Phil do que de Freud ou Jung, mas ainda assim...
Meu irmão recebeu um livro de que não gostou. Ofereceu-mo para o trocar, em estado novo, pelo que muito bem entendesse. Para mim! Aceitei - não digo o que se foi, mas digo o que veio: Maldito Sejas Dostoiévski, uma edição da novíssima Teodolito, que me prende desde a primeira página. Crime e Castigo, anunciam, mas em Cabul, e hoje. Bah! Passam ao lado do essencial, mas quem esperava melhor das "frases de promoção"? É um livro interessante e original - com falhas e desvios, de que talvez venha a falar mais tarde, mas, em síntese, muito interessante.
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